Você decide

 


Escrevi num grupo de zapzap de Sétima Arte, a respeito de comentário de Mauricio Thomaz sobre o filme "O dilema das redes", postado no Catraca Livre.

O artigo é interessante mas da forma em que foi apresentado parece um tanto niilista e panfletário. Vejamos: Evidencia a impotência das pessoas diante do aparato tecnológico usado no mundo capitalista. Sugere regulamentação a fim de salvar os oprimidos pela engenharia social. Mostra a consequência das fake news (elas "foram decisivas para as eleições de Trump e Bolsonaro"). Ou seja, você é um ser impensante, manipulado e indefeso a mercê de um modelo econômico do mal. Dói menos não saber disso.

Há alternativa melhor.

Como este grupo é da Sétima Arte, continuarei meu comentário nesse contexto. O filme de referência, "The Social Dilemma" (2020) mostra fatos que nos possibilitam entender como a era da informação que adentramos pelo menos desde "1984" (1984) realmente funciona - pelo menos uma parte dela, certamente. O filme é um "Apocalypse Now" (1979).

Vi num documentário (não recordo o nome) que no começo da revolução industrial, muitas pessoas acreditavam que quem ousasse andar naquele novo "veículo movido a vapor" ("Carros", 2006) morreria sem ar ao atingir a impensável velocidade de sessenta quilômetros por hora. Muitos até pediam a proibição daquela "Máquina Mortífera" (1987).

Desde então muitas pessoas morreram por causa daquela invenção, seja por algum "Acidente Estranho" (1967), por defeito mecânico ou até uma "Corrida Mortal" (2008). Mas ninguém morreu por "Asfixia" (2019). Nós aprendemos com as novidades e nos adaptamos às mudanças extremas que se seguiram.

Penso que na era atual isso se repetirá, desta vez com informação e desinformação, com mentiras e verdades. Os humanos aprenderão a viver na era da informação e conviverão com as peculiaridades dela da mesma forma como encararam a Era dos Descobrimentos e a Era Atômica. Não precisamos de regulamentação (o novo sinônimo de "censura"). Precisamos de mais informação e usar nossos neurônios para formar "Critical Thinking" (2020).

Não somos impotentes indefesos. Tal como na "Matrix" (1999), podemos escolher tomar a pílula vermelha, e aprender a viver na nova realidade dominando a informação, ou tomar a pílula azul e viver em bem-aventurada ignorância.

O poder de decisão é de cada um.


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