A sua vez

O Natal se aproxima. Apesar de ter se tornado evento comercial, no coração de milhões de crianças carentes "deste país", o que conta, mesmo é a fantasia e a esperança de receber um presente do Papai Noel. Todos nós, em maior ou menor grau, nos sentimos motivados a minorar, de alguma forma, a tristeza daqueles coraçõezinhos.

É difícil, muitas vezes, escolher a melhor forma de ajudar ou mesmo decidir quem merece ou não... Gostaria de propor uma idéia - que não é minha: porque não ir até uma agência dos correios e "adotar" uma das milhões de cartinhas que crianças necessitadas mandam pro Papai Noel? A partir de novembro, a ECT mantém em suas agências um número imenso dessas cartas, que nunca seriam respondidas, à disposição de quem quiser ser o Papai Noel da vez. É um programa formal da empresa, sem ONGs, televisões ou partidos políticos no meio. Basta chegar lá, escolher uma carta (é isso mesmo: pode-se até escolher qual presente dar) e entregar o presente. Os correios o entregam na casa da criança. Olha que os pedidos são os mais inacreditáveis: um panetone, uma blusa de frio para a avó... Certamente haverá um para qualquer disponibilidade orçamentária.

Mais do que a alegria de receber o presente, em si, pensem na esperança que um gesto desses é capaz de transmitir à molecada. Receber uma resposta do Papai Noel! É como se o mundo dissesse a eles: vocês não têm culpa.