Você tá morto!

Brincadeira de assassinatos com pistolas d'água deixa a polícia londrina de cabelos em pé de 25 de julho a 15 de agosto.

O jogo se chama "StreetWars" (www.streetwars.net). É um tipo de RPG, no qual os participantes brincam de faz-de-conta. Neste caso, fazem de conta que são assassinos profissionais. No início das três semanas que dura cada torneio, cada jogador recebe um envelope contendo nome, foto, telefone, endereços do trabalho e da casa de seu "alvo". Caso consiga "eliminá-lo", fica com o envelope do "morto", e este passa a ser seu novo "alvo". Isso continua até que o jogador recupere o envelope com seu nome e foto. Ou "morra" tentando. As "armas" podem ser balões e pistolas d'água e variantes que tenham o mesmo efeito de jogar água nas "vítimas".

Apesar do jogo já ter acontecido em Nova York, Vancouver, Viena, São Francisco e Los Angeles, a polícia londrina avisou que não vai dar mole: "Ver pessoas se comportando de maneira suspeita e carregando o que parecem ser armas verdadeiras no metrô de Londres vai causar medo aos passageiros e aos funcionários" disse a Polícia de Transportes Britânica à agência de notícias Reuters. Na hora vem a lembrança do que a polícia londrina fez com o brasileiro Jean Charles de Menezes em julho do ano passado.

Vamos torcer para que nessa brincadeira ninguém acabe se queimando. Ou se molhando.

Água mole em pedra dura...

As armas dos arsenais do século 21 são as mais variadas. Que o diga o governo israelense. Preocupado com uma certa onda de parcialidade "pró-Árabe" que teria se desenvolvido sobretudo após os recentes ataques a Beirute e o sul do Líbano, o Ministério das Relações Exteriores daquele país teria ordenado que diplomatas estagiários rastreassem salas de bate-papo e "sites" da Internet e identificassem onde temas de seu interesse fossem discutidos. Os endereços então seriam repassados para centenas de grupos de ativistas americanos e europeus.

Semana passada, pelo menos 5.000 membros da WUJS ("World Union of Jewish Students" - União Mundial dos Estudantes Judeus) copiaram para seus computadores pessoais um programa chamado de "Megaphone" que os alertam sobre discussões anti-israelenses na Internet ou sobre "sites" onde estariam havendo pesquisas de opinião sobre o assunto. A partir dessas informações, eles entram nas salas de bate-papo expressando idéias contrárias ou votam favoravelmente à política de Israel. A busca identifica os idiomas nos quais as discussões ocorrem, para que os ativistas atuem nas línguas que dominam e assim possam influenciar nos resultados das pesquisas e alterar o curso de um debate.

Não acredita? O endereço é www.giyus.org. Lá está escrito que "Os conflitos de hoje são vencidos pela opinião pública. Agora é a hora de ser ativo e mostrar o lado de Israel para o mundo." Hmmm.