Embaixada certa


Quando eu era pequeno, aprendi que a minha família torcia pelo Ceará Sporting Club. Desde então, não houve espaço para outro time na minha vida. Nem sempre sabia o que estava acontecendo com o Clube. Muitas vezes sequer sabia o nome dos jogadores (até hoje confundo o Oziel com Mizael e Michel, eita magote de anjos da banda torta). Não importa. está no DNA. Já vi tias chorarem, tios desmaiarem, saírem de ambulância do estádio. Na época, não entendia o ódio alucinante e o desprezo mortal do meu pai pelo atacante que perdia o gol para, no momento seguinte, se transformar em paixão cega, que transformava o "infeliz" em herói  e santo, ao meter a bola no fundo da rede. Hoje entendo tudo muito bem. Está tudo muito claro. Impossível ser diferente. Só não me peça para explicar. Explicar demais é coisa de boiola. Tricolete. Carniça.

Fiquei muito contente ao descobrir que aqui em Bê-esse-bê havia um lugar onde não só passavam os jogos do "Vozão" na TV, mas também reuniam-se torcedores exilados como eu. Fica melhor ainda. O lugar é a sede oficial da Embaixada do Vozão, com blog, logotipo e tudo!

Embora seja da turma dos novatos - só estive em três encontros, já me sinto em casa. Nada de novidade, pois fazer as pessoas se sentirem em casa é característica do cearense. Ainda mais os amigos da embaixada do vozão. Nota 10.

Embora nos chamemos "embaixadores" e "embaixatrizes", Acho que seria mais apropriado se chamássemos as amigas de "embaixadoras". Explico: "embaixatriz" é mulher de embaixador. O papel dela é acompanhar o marido. "Embaixadora" é a mulher que tem a função relacionada ao nome. Curiosamente, não há nome especídfico pro marido de Embaixadora. Pelo que vi nos encontros e pelo trabalho feito nos bastidores, o que a Embaixada tem, mesmo, é legítimas e competentes Embaixadoras!

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