Conforto no ar não é novidade

Pra quem pensa que conforto em viagem aérea é coisa nova, vale a pena lembrar do Dornier DO-X 1929. O Flugschiff (navio voador), como era chamado, era um hidroavião de 55 toneladas, o maior do seu tipo na época, com 12 motores curiosamente em pares, um de frente para o outro. Veja outras fotos.

Em 5 de novembro de 1930, fez uma viagem promocional de 45 mil quilômetros entre a Europa, África e as Américas do Norte e do Sul. Foi um grande sucesso, embora nunca tenha sido usado pela aviação comercial. Apesar de ter sido comprado pela Lufthansa, o único exemplar existente foi destruído nos ataques aéreos a Berlin, durante a Segunda Guerra Mundial.

Mas para quem viajou nele, deve ter sido um sonho. O transatlântico voador tinha três andares: no superior, ficavam a cabine dos pilotos, a engenharia, navegação e a radiotelegrafia; no principal ficavam os passageiros e suas bagagens (como ter mala extraviada?); no inferior, o combustível e as instalações de apoio.

Seu criador, Claude Dornier, projetou um verdadeiro navio dos céus, com todas as regalias e conforto de um clube social de luxo. Seus 70 passageiros podiam usufruir de cabines-dormitório, sala de estar, sala de chá, restaurante, bar e biblioteca, tudo mobiliado com o mais fino gosto e, naturalmente, sofás de couro, porcelana finísima e legítimos tapetes persas. 14 pessoas compunham a tripulação, o que proporcionava, em média, nada menos que um atendente para cada 5 passageiros!

Curiosidade: fez escala no Brasil, no início de 1931, alguns meses antes da inauguração da estátua do Cristo Redentor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário