Saludos del lado de lá

Amigos que voltaram recentemente da Bolívia dão conta das últimas alucinações do companheiro Evo: De agora em diante, os servidores públicos, para permanecerem no cargo, terão que mostrar proficiência em Quecha e Aymara, as principais línguas indígenas da região. Tudo bem que se deva valorizar nossa cultura sul-americana, muito rica e bela, por sinal - mas usar isso como subterfúgio para promover o aparelhamento do estado, tenha dó! E nesses termos, ainda por cima. Nas ruas da capital, La Paz, já se podem ver anúncios de cursinhos dos dois idiomas, para quem ainda tem esperança de manter o emprego. Em tempo: os servidores públicos de lá, como cá, prestaram concurso público para os cargos. Ser índio (falante) nunca foi requisito nem medida de competência. Pelo jeito que anda nossa política externa em relação aos nossos hermanos, fico imaginando se meus amigos aqui não deveriam logo procurar cursinhos que ensinassem o Tupi-Guarani. Embora ache que o Nheengatú seria mais apropriado.

p.s. No município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, a língua oficial é o português e mais três línguas co-oficiais que foram aprovadas pela lei municipal 145/2002, aprovada no dia 22 de novembro de 2002: Nheengatu, Tukano e Baniwa. São as línguas tradicionais faladas pela maioria dos habitantes, dos quais 85% são indígenas.

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