Erva de um passado distante

Hoje em dia não é mais espantoso encontrar múmias bem preservadas em escavações arqueológicas. De fato, uma múmia nem faz mais tanto sucesso quanto fazia no início do século passado. Veja o caso de Turpan, no noroeste da província de Xinjiang, na China. Lá, em 2003, foi descoberto um aglomerado de 2.000 tumbas, com cerca de 600 múmias, da época da dinastia Tang (618 - 907). Isso mesmo, no atacado.

A novidade é que os cientistas estão intrigados com uma delas, de um homem de cerca de 45 anos cuja morte ocorreu há 2.800 anos - muito anterior às demais. Os chineses estão tentando entender, também, o por quê dos traços caucasianos - pele branca, nariz de romano, olhos fundos... e junto ao corpo, um saquinho com folhas de maconha! Apesar da idade, a múmia está intacta e suas roupas também. Quer mais? Urumqi, a capital da província, está localizada no coração da antiga "rota da seda", e é o centro islâmico da China, com dezenas de mesquitas espalhadas pela cidade. Cartazes e placas informativas são escritos até hoje em Chinês e em Uyghur, uma língua que usa a grafia árabe desde o século X.

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