Brasileiro acha que viajar a serviço é "chique". Pro exterior, nem se fala. Pode voltar para a terrinha e dizer que esteve na Zoropa. Vale mais que um aumento de salário! Já virou prêmio. Na gringolândia o empregador puxa saco, dá hora-extra, bônus. Sabe que o desconforto é grande e que o empregado está, de fato, no trabalho, as 24 horas do dia - só volta para casa no final da viagem. Por isso existe a tal 'classe executiva', mal traduzida de 'business class', que no termo original não restringe o entendimento apenas aos 'executivos'. Afinal, técnico, como eu, também viaja a negócios. Ou melhor, a serviço de alguma empresa ou órgão do governo. Se não sou turista, porque minha classe é 'econômica' ou 'turista'? Quando chego ao destino, não vou encontrar amigos nem passear em lugares pitorescos. Encaro um dia de trabalho intenso ("afinal, a viagem não era exatamente para isso?") e ninguém quer saber do tal "jet-lag" - isso só acontece em novela, com atores lindos e madames sensíveis.
Enquanto isso, babem comigo: (cliquem na imagem para vê-las em tamanho maior)
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