Tesão, eu?
Mas você já ouviu falar na Síndrome da Excitação Sexual Persistente, ou PSAS, sigla do termo em inglês, "Persistent Sexual Arousal Syndrome"? Embora rara, é uma disfunção sexual feminina conhecida há, pelo menos, dez anos. A causa ainda é desconhecida. Parece surgir de um punhado de fatores coincidentes, entre os quais o uso de antidepressivos à base de Trazodone. A PSAS causa excitação involuntária (não precisa nem pensar "naquilo") e constante necessidade de orgasmos. Muitos. Com ou sem parceiros. O tempo todo. Em qualquer lugar. Andar de bicicleta está fora de questão. Andar de carro, metrô, ônibus é uma tortura. Os estímulos tornam difícil manter a concentração no trabalho. A vida social vai pro brejo, por causa da distração e desconforto causados pelos impulsos. A mulheres com esse problema chegam a ter 300 orgasmos por dia. Algumas até mais.
É verdade. Como dizia minha avó: tudo demais é veneno.
Chega a dar saudade
O que talvez pouca gente conheça são alguns outros números relativos ao Iraque ocupado e que são monitorados diariamente por entidades de direitos humanos pelo mundo afora, como a Iraq Body Count e a Justice Not Vengeance. De primeiro de maio de 2003 (quando o presidente Bush anunciou que "as principais operações de combate tinham terminado") até a data de aniversário da invasão, 19 de março de 2004 (324 dias), o número de civis mortos era de 6.331. Não estão incluídos, portanto, outros 7.312 mortos e 17.298 feridos nos primeiros 42 dias da invasão. No segundo ano (365 dias depois), o total foi de 11.312 vítimas. No terceiro ano (346 dias de registros), 12.617. Nesta última contagem, de 2006, ainda não haviam sido registradas oficialmente as mortes ocorridas em março nem aquelas decorrentes do ataque à mesquita de Samarra em 22 de fevereiro, que o jornal Washington Post estima chegar a 1.300. Todos esses números referem-se a não-combatentes: homens, mulheres e crianças.
38.872 civis mortos no Iraque depois da invasão. Uma média de 12.957 pessoas por ano. "Tio" Bush dá uma surra no seu antigo sócio e ensina: "Tá vendo, Saddy, assim é que se mata!"
Sufoco na boca
Nem me importo se o Exército fez ou não acordo para a devolução das armas roubadas do quartel em São Cristóvão (RJ) dia 3. O que está claro é que existe, sim, remédio contra o tráfico - pelo menos no Rio de Janeiro: com a tropa na entrada do morro, a clientela bacana não subiu, as "entregas em domicílio" foram canceladas e as bocas de fumo não operaram.
Nas palavras do relações-públicas do Comando Militar do Leste, coronel Fernando Lemos, "o tráfico, com as nossas ações, teve um prejuízo enorme". Não diga! Sitiar fortalezas é tática mais do que conhecida desde a antiguidade, com certificado de garantia e tudo. Confira alguns cercos famosos: Jericó (1.405 a.C.), Tróia (1.250 a.C.), Constantinopla (1.453), Malta (1.565), La Rochelle (1.627), Leningrado (1.941), Dien Bien Phu (1.954), Beirute (1.982), Sarajevo (1.991)... Mas nenhum foi tão violento quanto aquele contra a cidade de Merv, em 1.221, por um exército mongol comandado por Tolui, filho de Genghis Khan. Segundo historiadores islâmicos, após uma rendição pacífica, cada soldado foi obrigado a decapitar, pessoalmente, 300 (trezentas) pessoas - entre homens, mulheres e crianças.
Estamos no século 21. A marginália pode ser eliminada por simples inanição. Sem tiroteios, incursões teatrais ladeiras acima, inocentes mortos. Falta explicar por que, sabendo-se a fórmula do remédio, constatando-se sua eficácia, tendo-se os recursos necessários e contando-se com o apoio popular, não se termina de vez com o tráfico nos morros?
Bem, talvez todos saibamos, mas é difícil aceitar a verdade.
Um sonho nos céus
Mas o que chama mesmo a atenção é o seu interior, para nenhum fã de "Jornada nas Estrelas" botar defeito. Na galeria de fotos da Boeing tem mais...
Rapidinhas...
Aí dentro, Babau!
Quanto samos? Samos seis!
Quanto samos? Samos seis!
Cavaleiros da táuba redonda,
Está junto com vocês!
Esqueça rima, métrica. A poesia é plebéia, simples como o próprio poeta. A melodia acompanha. Mas tem autoridade boêmia e competência etílica para agradar irresistivelmente qualquer um que tenha ficado de fogo um dia, em ridículo maravilhoso. Outras pérolas: Bebe água galinha, Bota a cabra pra berrar e Golada da choppada do Magão. Com vocês, Babau do Pandeiro.
Trecho de entrevista na qual fala de sua vida:
Eu comecei no triângulo acompanhando sanfoneiro, em 72 mais ou menos é que passei pro pandeiro. Cantor mesmo, fazer show, foi só no ano passado. Eu nem podia imaginar que ia acontecer isso que está acontecendo. Gravei meu primeiro CD num estúdio do Centro, só na voz e no pandeiro. Eu nem sabia o que era direito, chamava "compat". Hoje já estou com três CDs. Eu calculo que já vendi uns seis mil CDs, só de mão em mão. Não tem em loja. Fora o que a negada está pirateando por aí. Eu sei que no interior e pelo Centro tem muita loja vendendo piratas dos meus CDs. Até já me disseram para ir na Polícia Federal para ver isso. Não sei se é lá mesmo que é pra ver isso... Ainda não fui porque estou com medo de dar viagem perdida.
Só podia ser cearense.
A máscara que cai
Ah, antes que esqueça: O tal deputado é aquele pastor evangélico que acha que o estado deve financiar "tratamento" para gays e lésbicas que queiram mudar sua opção sexual...
Tristeza capital
De acordo com o deputado do PFL Roberto Brant (MG), em seu discurso de defesa, Estamos aqui, considerando a hipótese de cassar 18 parlamentares. Nem se uma hecatombe moral tivesse caído sobre nós não se justificaria um desastre dessa dimensão e dessa escala. Acho que é hecatombe moral, sim. E não acho que seria desastre, mas justiça exemplar. Será que também redefiniram esses termos e não fiquei sabendo?
Ano novo
não é novo nem feliz.
É um velhinho doente
que aperta seu nariz
querendo, daqui pra frente,
mais amor, paz e carinho
pra ver se ainda tem jeito
o nosso pobre mundinho...